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sexta-feira, 1 de abril de 2011

Segundo pesquisa, ter raiva de Deus é comum?

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Não se sinta (tão) mal se você já esbravejou contra Deus – você não está sozinho: um novo estudo americano descobriu que a raiva contra Deus é um sentimento comum. E, mesmo com raiva, as pessoas ainda sentem amor ou respeito por Deus. Em outras palavras, os sentimentos não são mutuamente exclusivos.
A raiva muitas vezes resulta da crença de que Deus é responsável por experiências ruins, mas não é uma indicação de que alguém está virando costas a ele.
Os pesquisadores coletaram dados sobre os sentimentos das pessoas para com Deus a partir de cinco estudos separados. Dois deles pediram a estudantes universitários para refletir sobre as experiências negativas em suas vidas e como essas experiências o fizeram sentir para com Deus.
Outra pesquisa, de 1998, perguntou se as pessoas já tinham se zangado com Deus. Os dois últimos estudos fizeram perguntas semelhantes para pessoas que recentemente perderam um ente querido e para pessoas com câncer.
Os participantes eram de muitas tradições religiosas, mas os cristãos predominaram em todos os estudos.
A pesquisa de 1988 revelou que 62% das pessoas já ficaram com raiva de Deus. Mulheres, pessoas que eram mais educadas, e indivíduos mais jovens apresentaram uma tendência ligeiramente maior de se zangar com Deus. Os brancos eram mais propensos a relatar a ira, e os judeus e os católicos eram um pouco mais zangados do que os protestantes. Todas as pesquisas mostravam que as pessoas alcançavam a paz com Deus à medida que envelheciam.
Entre os estudantes universitários, 87% dos fiéis relataram sentir emoções negativas a respeito de Deus depois de um revés pessoal ou uma perda. 40% das pessoas de luto relataram raiva de Deus. Em ambos os grupos, porém, os sentimentos positivos sobre Deus compensaram as emoções negativas.
Mesmo aqueles que não acreditam em Deus se irritavam com a divindade. Estudantes universitários e pessoas enlutadas que eram ateus ou agnósticos relataram mais raiva de Deus do que pessoas religiosas.
Os resultados não contradizem as crenças dos participantes: o estudo pediu às pessoas que contassem sobre as experiências passadas, e muitos ateus e agnósticos tinham histórias de raiva que vinham de seu passado religioso. Muitas das perguntas também pediram que ateus e agnósticos imaginassem os seus sentimentos em relação a um deus hipotético.
Segundo os pesquisadores, as pessoas tendem a ficar com raiva de Deus quando O vêem como pessoalmente responsável por eventos negativos, ou quando vêem as Suas intenções como cruéis. Essas pessoas se relacionam com Deus da mesma forma como se relacionam com outras pessoas.
Por outro lado, muitas pessoas continuam positivas a respeito de Deus mesmo diante da tragédia, especialmente as pessoas que O vêem como fundamentalmente bom. Outra pesquisa descobriu que a oração pode proporcionar um alívio emocional para as vítimas de violência doméstica. A crença religiosa também está associada com a felicidade.
Os pesquisadores também seguiram pacientes de câncer por um ano para entender como a raiva em Deus muda ao longo do tempo. Os sentimentos de raiva tendem a corresponder-se com o nível geral de sofrimento mental do paciente. Mais sofrimento estava ligado a mais raiva de Deus.
Não está claro se a raiva causa a angústia, se o sofrimento causa a raiva, ou algum outro fator causa os dois. O que parece claro é que a raiva de Deus não é algo para se alarmar, mesmo que algumas pessoas acreditem que, teologicamente, a raiva de Deus não é permitida.
Normalmente essa raiva passa, e provavelmente não vai afetar o humor ou a saúde mental de uma pessoa. Mas quando essa raiva se transforma em um rancor, aí é que tende a se tornar um problema para as pessoas.
A pesquisa é preliminar, mas os cientistas já estão recrutando participantes para concluir inquéritos on-line sobre seus sentimentos sobre Deus. O próximo passo é responder a questão de como a raiva de Deus influencia as decisões das pessoas de acreditar ou não Nele

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